Qual o melhor momento para aderir a um
plano de previdência privada? Os especialistas são unânimes em dizer: o mais
cedo possível. Por duas razões. Primeiro, porque os aportes são menores, já que
há mais tempo para acumular. Depois, pelos rendimentos.
As contribuições, quando somadas aos juros, que são mensais, maximizam os
ganhos. “Os juros compostos fazem uma diferença gigante em prazos mais longos”,
diz Sandro Bonfim, gerente de inteligência de mercado da Brasilprev. “Tempo e
maximização são os principais fatores.”
Para identificar a importância de começar as contribuições o quanto antes, a
Icatu Seguros elaborou uma simulação das contribuições necessárias para que uma
pessoa garantir renda mensal de R$ 3,5 mil a partir dos 65 anos. Com uma
rentabilidade de 8% ao ano, o contribuinte que iniciar os depósitos aos 20 anos
de idade desembolsará R$ 112,00 ao mês. Aos 30, esse valor mais do que dobra,
chegando a R$ 251,41, proporção que é mantida à medida que a idade avança.
Começar aos 40 anos implica em contribuições mensais de R$ 592,60, e aos 50, R$
1.595,55.
Se em vez de renda mensal, a meta for atingir um volume de poupança aos 65
anos, o impacto da idade sobre a contribuição também seria similar, segundo a
Icatu. Para acumular R$ 1 milhão, por exemplo, seriam necessários aportes
mensais de R$ 208,00, se o contribuinte iniciasse os depósitos aos 20 anos. Se
esperar mais um tempo, deixando para começar aos 45 anos, o desembolso mensal
seria de R$ 1.757,47.
Os valores dos aportes serão calculados, pelas seguradoras, de acordo com o
benefício esperado e do tempo de contribuição, decisões que devem ser tomadas
pelo investidor. Para investir em previdência privada, explicam, não é preciso
ter uma renda mínima. Na contratação de um plano, o que se estabelece são os
valores mínimos de aportes, e hoje no mercado há planos de até R$ 25 ao mês.
Também não se restringe a quem está empregado e quer apenas complementar o
benefício da previdência social. Qualquer indivíduo pode contribuir, e
inclusive utilizar a previdência privada como única alternativa para planejar a
renda que pretende atingir na aposentadoria. O importante, de acordo com os
especialistas, é que o valor do depósito mensal não pese muito no orçamento,
para que o investidor não desanime e mantenha a disciplina de poupar ao longo
dos anos.
O tempo de poupança não influencia apenas o valor dos aportes. Também tem
impacto nas alíquotas de imposto de renda. O contribuinte pode optar, tanto no
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) como no Vida Gerador de Benefício Livre
(VGBL), pela tabela regressiva, que permite pagar menos impostos quanto mais
longo for o prazo de investimento. Além disso, o tempo também ajuda a diminuir
os custos. Os gestores dos fundos tendem, com o passar dos anos, a diminuir as
taxas cobradas, exatamente com o intuito de reter os clientes.
IG
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