Uma pesquisa divulgada hoje (20) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que, de cada 100 pequenas
empresas abertas no país, só 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de
atividade. Essa mesma média, entretanto, não é verificada em todas as
regiões do país, segundo o levantamento.
De acordo com o Sebrae, no Sudeste, por exemplo, a porcentagem de
pequenas empresas que se mantém abertas após dois anos de atividade é
76,4%. Já no Centro-Oeste, a taxa cai para 68,3% e, no Norte, baixa
ainda mais, para 66%.
Para o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, reduzir a desigualdade entre
os índices de sobrevivência das empresas é um desafio. Ele disse,
porém, que isso não depende só de políticas de incentivo, mas de uma
redução das desigualdades de desenvolvimento nas diferentes regiões do
país.
“A formação dos empreendedores é muito importante para a sobrevivência
das empresas”, explicou Barreto, ao explicar os principais pontos da
pesquisa. “A população do Sudeste tem um bom nível de escolaridade. Por
isso, está na frente de outras regiões.”
Barreto espera que investimentos governamentais ajudem a reduzir as
desigualdades sociais e, consequentemente, as diferenças de desempenho
entre pequenas empresas. Disse também que, por estar atrás no ranking de
sobrevivência do Sebrae, as regiões Norte e Centro-Oeste podem melhorar
os índices empresariais mais rapidamente. “É difícil uma região como a
Sudeste superar um índice de sobrevivência de 77%”, explicou Barreto.
“Agora, quem tem um índice de 66% pode melhorar mais rapidamente.”
Segundo Barreto, empreendedores das regiões com piores índices de
sobrevivência empresarial podem ainda aproveitar o bom momento da
economia brasileira para se firmar. Para ele, a crise mundial não vai
comprometer esse processo de melhoria. “Pequenas empresas dependem muito
do mercado interno. Quase não exportam. É claro que o cenário
internacional afeta o Brasil, mas não acredito que seja um problema para
as pequenas e micro empresas.”
Agência Brasil
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