
A decisão gerou o debate mais acirrado até agora no congresso petista. A
Comissão de Reforma Estatutária havia encaminhado uma proposta de fixava 40% do
total de dirigentes como mínimo de mulheres. O dirigente Francisco Rocha, o
Rochinha, coordenador da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil chegou
a apresentar uma emenda que reduzia o porcentual para 35%.
Diante da ampla mobilização da ala feminina do governo Dilma Rousseff, no
entanto, o setorial conseguiu apoio de lideranças expressivas como o
ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e até do próprio Rochinha que retirou a
emenda e passou a apoiar a proposta de paridade.
O resultado da votação foi quase unânime. Quando a grande maioria dos 1.350
delegados levantou seus crachás para aprovar a paridade, integrantes do
setorial de mulheres, ministras e deputadas comemoraram com gritos abraços e
choro.
O PT é o primeiro partido do País a estipular a paridade entre homens e
mulheres nos cargos de direção.
Até então, a cota mínima em cargos de direção era de 30%.
Até então, a cota mínima em cargos de direção era de 30%.
Negros e jovens
Também foi aprovado cotas mínimias de 20% para negros e 20% para jovens -
com menos de 30 anos. O critério é transversal, ou seja, uma pessoa que esteja
em mais de uma categoria entra para a cota em cada uma delas.
Além disso, o Congresso aprovou o aumento do tempo de mandato dos dirigentes
de três para quatro anos e a manutenção do PED como mecanismo de escolha da
direção partidária. Alguns setores propunham que em vez de eleições diretas o
partido realizasse encontros para escolher seus dirigentes.
A etapa extraordinária do 4º Congresso Nacional do PT acaba domingo até lá
os 1.350 delegados ainda vão decidir sobre questões polêmicas como a mudança
nas regras para disputa de prévias.
Do IG
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