quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pesquisa registra a maior alta dos juros do cheque especial

Ainda não é possível falar em tendência de queda nos juros para pessoas física, apesar da redução nos últimos dois meses (GEORGIA SANTIAGO/ Arquivo)


Apesar da queda na taxa média de juros no crédito às famílias em julho, duas linhas de financiamento apresentaram alta: o cheque especial e o consignado. A taxa de juros do cheques especial chegou a 188% ao ano, a maior desde abril de 1999, quando estava em 193,7% ao ano. No consignado, a alta foi pequena, de 27,7% para 27,9% ao ano.
Dados até 11 de agosto mostram aumento dos juros ao consumidor, para 46,4% ao ano. Para as empresas, houve queda, para 30,7% ao ano. As concessões, que haviam recuado em julho, voltaram a subir neste início de mês (1,9%) em relação ao mesmo período do mês anterior. O movimento foi puxado pelas empresas (+6%), pois o crédito ao consumidor apresenta novo recuo, de 3,4%.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que julho é sazonalmente um mês mais fraco para o crédito, mas que os números refletem também o impacto das medidas de restrição aos financiamentos e a desaceleração da economia.
Disse ainda que não é possível falar em uma tendência de queda nos juros para pessoas física, apesar da redução nos últimos dois meses. “Para caracterizar tendência, precisamos esperar mais”, afirmou.


Inadimplência

O BC avalia ainda que a inadimplência, que voltou a subir no mês passado, deve se estabilizar nos próximos meses. “A nossa expectativa é de acomodação no movimento de alta da inadimplência, tendo em vista a continuidade de crescimento de emprego e da massa salarial real.”

 De acordo com Maciel, agosto é um mês de recuperação no crédito e os dados das primeiras semanas ainda não mostram impactos das turbulências recentes no mercado financeiro.
A taxa média de juros ao consumidor caiu pelo segundo mês consecutivo em julho. A taxa recuou de 46,1% para 45,7% ao ano. Para as empresas, no entanto, a taxa média de juros voltou a subir, depois da queda registrada em junho, e chegou a 31,4% ao ano. (da Folhapress e O Povo Online)

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