Em todo o Brasil, a construção civil enfrenta escassez de mão de obra. De pedreiro a engenheiro civil falta toda categoria de profissional com experiência. E para resolver o problema o setor aposta na formação de trabalhadores, inclusive mulheres, e no investimento tecnológico que torna os processos cada vez mais industrializados. Especialistas ouvidos por O POVO avaliam que esse é o futuro do setor.
O vice presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, diz que as construtoras têm que investir em tecnologia para acompanhar a demanda e que os entraves dos juros altos de financiamento e da falta de continuidade dos projetos, que dificultavam os investimentos, nesse momento, deixaram de ser impeditivos.
Segundo ele, o empresário agora tem estímulo para investir. Quanto à mão de obra, diz não ter dúvida de que o sexo feminino será o grande fornecedor ao longo dos próximos anos.
Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, José Ribamar Pereira de Almeida, as empresas não se prepararam para o crescimento.
O vice presidente da CBIC disse que nenhum setor conseguiria se preparar porque em cinco anos o contingente praticamente dobrou. Observa ainda que, ao longo do anos o setor viveu altos e baixos, apesar de vir crescendo desde 2004 - a exceção de 2009 que teve um recuo por causa da crise econômica.
Em 2005, o contingente de trabalhadores na construção civil era de 1,3 milhão de trabalhadores com carteira assinada e em 2010 foram mais de 2,5 milhões. Sobre de que profissionais a construção civil se ressente, José Carlos lembra um construtor que lhe disse ‘falta de servente a diretor’.
O Povo Online. Foto: Sara Maia
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